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ILPF, o milagre da multiplicação no campo

17 de julho de 2019 2:00 pm

Adotando um plano de rotação de culturas e ocupação intensiva do solo, uma fazenda no Maranhão aumentou em 130% sua produção tanto de grãos quanto de carne; hoje, ela colhe também os lucros gerados por três safras ao ano, sem contar os rendimentos da nova atividade agregada – o reflorestamento. Em outra fazenda, localizada em Goiás, a produtividade pecuária foi multiplicada por dez, enquanto a colheita de grãos (soja e milho) experimentou um salto de 111%. Apesar de formidáveis, esses resultados não são exemplos isolados. No agronegócio já há centenas de propriedades comemorando sucesso semelhante.

A notável explosão de eficiência que começou a ser registrada no campo na última década é resultado direto da aplicação, pelos produtores de todas as regiões do País, do sistema de Integração Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF). Trata-se de uma estratégia de produção agropecuária que integra diferentes culturas para aumentar a produtividade do agronegócio de maneira sustentável.

Metas superadas

Os benefícios são tão expressivos que as metas de adesão previstas para o período 2010-2020 (4 milhões de hectares) já teriam sido superadas em 2015. Recente pesquisa mostrou que atualmente 11,5 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da estratégia ILPF, sendo que nos últimos cinco anos o nível de crescimento de adesão ao sistema foi de 10% entre pecuaristas e de 5% entre agricultores.

As tecnologias necessárias para a implantação dos sistemas de ILPF foram desenvolvidas pela Embrapa e por empresas, universidades e institutos de pesquisa que compõem o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária.

Técnicas inovadoras

Apontado como alternativa ideal para a recuperação de pastagens degradadas, o sistema promove a integração de árvores com pastagens ou lavouras em rotação, consórcio ou sucessão. Seu objetivo é a mudança do modo de uso da terra, para atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade. A estratégia permite maximizar os efeitos desejáveis no ambiente, aliando o aumento da produtividade à conservação dos recursos naturais.

Basicamente o sistema funciona com o plantio de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) e de árvores, associado a espécies forrageiras. Considerando espaço e tempo disponível, as combinações possíveis resultam em quatro modalidades de sistemas integrados: Lavoura-Pecuária (ILP – Agropastoril), Pecuária- Floresta (IPF – Silvipastoril), Lavoura-Floresta (ILF – Silviagrícola) ou Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF – Agrossilvipastoril).

Solução para todos

Os sistemas de ILPF podem ser adotados por empreendimentos rurais de qualquer porte. Eles podem utilizar o consórcio ou a rotação de culturas de forma a produzir, na mesma propriedade, grãos, carne ou leite e produtos madeireiros ao longo de todo o ano.

A implantação da prática de integração exige investimentos, seja com a correção do solo ou com o custo operacional de maquinário. Entretanto, especialistas do setor lembram que esse capital costuma ser recuperado logo após o primeiro ano de integração.

Áreas de pastagem cultivadas apresentam grande potencial para a expansão da produção de grãos e biocombustíveis. Além de proporcionar alimentos de elevado valor comercial (carne e leite), elas contribuem para conservação dos recursos hídricos, controle de pragas e redução da emissão de gases de efeito estufa.

Benefícios tecnológicos e ambientais

Os sistemas de ILPF promovem o melhoramento da qualidade e a conservação do solo, entre diversas outras vantagens. Aqui uma lista de seus principais benefícios:

• Redução de perdas de produtividade
• Ampliação do balanço positivo de energia
• Diminuição no uso de agroquímicos
• Mitigação do efeito estufa
• Incremento da produção de alimentos a menor custo
• Aumento da oferta de alimentos seguros
• Aumento da produção de fibras, biocombustíveis e biomassa
• Aumento da competitividade dos produtos de origem animal
• Dinamização da economia regional
• Inserção social pela geração de emprego e renda no campo
• Aumento da lucratividade dos empreendimentos rurais

ILPFVimos na primeira parte deste artigo a utilização do sistema ILPF como estratégia para aumentar a produção no campo. Veja agora na segunda e última parte a participação da Parker no fomento dessas técnicas de plantio, fornecendo tecnologias e contribuindo para o sucesso da implantação do sistema ILPF.

Difusão tecnológica

Com o objetivo de acelerar o processo de adoção de sistemas ILPF no Brasil, foi criada em 2012 a Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Trata-se de uma parceria público-privada constituída pelas empresas Cocamar (Cooperativa Agroindustrial do Paraná), Parker Hannifin, Dow Agroscience, John Deere, Syngenta e Embrapa.

Atualmente, a parceria apoia uma rede de 107 Unidades de Referência Tecnológica (URT) distribuídas em todos os biomas brasileiros, as quais são utilizadas na realização de capacitações continuadas, incluindo cursos, dias de campo e visitas técnicas. Ao todo estão envolvidas 19 Unidades de Pesquisa da Embrapa.

Terceira revolução

ILPF AgrícolaPresidente da Rede de Fomento, Paulo Herrmann avalia que o rápido crescimento da ILPF se deve à aptidão natural dos trópicos para a produção agrícola e à capacidade dos produtores de absorver novas tecnologias produtivas e sustentáveis.

Herrmann destaca que o agronegócio brasileiro atravessa um momento ímpar, protagonizando a terceira revolução da agricultura tropical por meio dos sistemas integrados de produção. Ele explica que a primeira foi a adoção do plantio direto, que potencializou o uso da terra; num segundo momento, introduziu-se o plantio da segunda safra anual. “Agora será a era da ‘agricultura sem parar’, que potencializa a produção pelo regime de sucessão de culturas”, analisa. “A ILPF economiza 60% da área de plantio quando comparada com a mesma produção em sistema convencional”, ressalta Herrmann.

Adaptação contínua

“Com a introdução da ILPF, devemos nos preparar para uma mudança tanto no ambiente tecnológico quanto cultural, o que exigirá uma adaptação contínua de toda a cadeia do agronegócio”, expõe Candido Lima, presidente da Parker para a América Latina. “A integração lavourapecuária- floresta está levando mais tecnologia para o campo, e nossas soluções são projetadas para cumprir esse papel”, esclarece.

Candido lembra que a Rede de Fomento ILPF promove a sustentabilidade, “um conceito muito alinhado aos princípios de gestão da nossa empresa, e os excelentes resultados alcançados até aqui nos incentivam a seguir apoiando cada vez mais a disseminação dessas práticas inovadoras”.

Em expansão

A pesquisa que revelou a expansão das técnicas de ILPF mostrou também que os estados que lideram em área são Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.

Concluído em novembro de 2016, o estudo elaborado pelo Kleffmann Group teve o acompanhamento técnico da Embrapa Meio Ambiente (SP) e foi patrocinado pela Rede de Fomento ILPF.

Entre os produtores com foco na pecuária, o principal motivo para a adoção dos sistemas integrados foi a capacidade de reduzir impactos ambientais. Já os produtores de grãos têm aderido a esses sistemas em busca do aumento da produtividade e diminuição dos riscos financeiros.

Para Maurício Antônio Lopes, Presidente da Embrapa, a intensificação sustentável já é uma realidade no agronegócio brasileiro. “Nosso país chama a atenção do mundo pelo potencial de expansão da sua agricultura”, pontua. “Grande parte de nossas áreas agrícolas pode ser utilizada de maneira segura 365 dias ao ano, produzindo em sintonia com o novo Código Florestal e com o novo padrão de consumo definido por uma sociedade cada vez mais atenta às causas ambientais”, conclui.

Próximas conquistas

Em todo o território nacional, já existem 107 Unidades de Referência Tecnológica que servem como observatórios das técnicas de ILPF. Desta forma, o sistema deverá estar presente em um número cada vez maior de propriedades rurais, viabilizando tanto a expansão da produtividade quanto a conservação dos recursos naturais.

Como consequência desse trabalho, espera-se a obtenção de um futuro “selo verde” para a carne brasileira, que poderá elevar o agronegócio nacional a um inédito patamar de eficiência alinhado com as demandas do século XXI.

Soluções inovadoras para o agronegócio

Líder global em tecnologias de movimento e controle do movimento, a Parker tem desenvolvido soluções em diversas áreas da engenharia com forte potencial de ampliação da eficiência na produção de alimentos e na preservação do meio ambiente. No mercado nacional há mais de 40 anos e com forte presença no agronegócio, a Parker fornece componentes e sistemas inovadores que ampliam a produtividade das máquinas e implementos agrícolas – como interfaces para o controle eletrônico e automação de equipamentos e o fornecimento de componentes e sistemas mais eficientes e compactos. As soluções Parker são decisivas também para suportar a operação das propriedades rurais, com geração de energia, processos avançados de filtração/monitoramento e serviços de manutenção (na foto, sistema Downforce para acionamento de molas pneumáticas instalado em plantadoras para controle da profundidade dos discos de plantio).

Fonte: Blog Parker

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