Quatro passos para implementar a Internet das Coisas
Nos ambientes modernos de produção, a Internet das Coisas (IoT) dita um novo patamar de conectividade e rentabilidade ao levar ao mercado técnicas e equipamentos que melhoram a qualidade do monitoramento das condições.
Logo, é natural que gestores de Engenharia e de Manutenção desejem adaptar rapidamente seus equipamentos para que possam ser enquadrados na “filosofia” IoT.
De fato, eles não estão errados. A questão é que essa migração não precisa ser radical e imediata. A Internet das Coisas pode aumentar a produtividade pois melhora as rotinas na indústria.
Veja neste artigo quatro dicas para começar a implementar a filosofia IoT de forma gradual na sua linha de produção.
1 – Reúna os gestores de Produção e de Manutenção para identificar as causas dos principias problemas com relação à manutenção, segurança ou gerenciamento de ativos.
Seja pelo uso excessivo de peças caras ou inviáveis de substituir, ou ainda pela falta de segurança no local de trabalho, a maioria das fábricas gera custos desnecessários com máquinas paradas. Identificar as reais causas destes problemas garante que esse período de inatividade seja minimizado ou até eliminado, melhorando assim a eficiência das linhas de produção.
2 – Facilite o armazenamento e compartilhamento de dados entre os ativos de diferentes fabricantes.
Determine a plataforma de nuvem e a interface de usuário necessárias para estabelecer e centralizar o armazenamento e a transmissão de dados. Procure utilizar Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs) comuns, que não dependam da plataforma local. Este sistema deve permanecer interoperável, baseado em protocolos de comunicação como o de Ethernet. Os dados do componente ou subsistema armazenados na nuvem devem ser enriquecidos com outros dados da máquina para garantir uma visão holística do ativo, com dados de equipamentos de diferentes fabricantes.
3 – Trabalhe em parceria com o fabricante da máquina a fim de identificar as melhores variáveis de monitoramento dos ativos.
Mantenha sempre contato com o fornecedor dos equipamentos. Mesmo que não consiga corrigir os problemas, ele pode fornecer dados e especificações técnicas detalhadas que contribuirão para determinar a melhor maneira de monitorá-las. Com isso é possível escolher de forma assertiva as variáveis a serem analisadas para evitar problemas, gerando o menor período de inatividade possível.
De maneira geral, os principais pontos a serem analisados nos equipamentos são temperatura, pressão, umidade e vibração. Um exemplo comum de falha de monitoramento é quando determinado dado está sendo medido, porém, não é reportado ao Controlador Lógico Programável (CLP), causando dificuldade e morosidade em sua interpretação.
4 – Identifique a frequência ideal para monitorar e coletar dados.
Uma vez definidas as melhores variáveis para monitorar as máquinas, o próximo passo é definir a frequência ideal para coletá-las. Cada máquina traz uma especificação técnica diferente de peças e se desgasta sob condições e prazos diversos. Por isso, adotar uma abordagem uniforme de coleta de dados e notificação de anomalias para todos os ativos eleva desnecessariamente os custos operacionais. E, com o advento da digitalização, essa prática se torna totalmente desnecessária. Logo, recomenda-se que as equipes de manutenção definam uma frequência ideal de coleta de dados para cada ativo da fábrica separadamente.
Práticas inteligentes, resultados maximizados
Tomar a decisão de adequar todos os ativos de sua fábrica para os conceitos da Internet das Coisas requer planejamento prévio. A ideia de conectar os ativos 24 horas por dia, 7 dias por semana pode ser muito atraente, mas a chave real para o sucesso é ter uma estratégia bem pensada para coletar e compartilhar informações e, principalmente, saber o que fazer com elas, de forma a eliminar processos e práticas dispendiosas na produção.
Com as quatro dicas fornecidas pelo artigo, esse objetivo fica muito mais próximo de ser atingido. Considere-as na hora de monitorar os ativos de sua fábrica e prestigie resultados imediatos em sua produção.
Fonte: http://blog.parker.com/br/quatro-passos-para-implementar-a-internet-das-coisas