Tubos e conexões: 10 passos para uma instalação econômica e segura (Parte 2)
Na primeira parte deste artigo, vimos que a confiabilidade e a segurança de um sistema de tubos e conexões depende da correta seleção dos componentes que serão empregados na tubulação. No texto inicial, detalhamos os cinco primeiros cuidados de uma lista de 10 ações para a garantia da segurança do sistema. Confira agora os cinco tópicos que complementam os anteriores e ajudarão você a obter sucesso na montagem de sua instalação.
Passo 6 – Seleção do material
A escolha do material mais adequado para cada projeto é essencial para uma instalação perfeita. Essa escolha deve ser realizada com base no fluido e na temperatura do processo, bem como no custo e na resistência à corrosão dos materiais. Para facilitar essa seleção e dimensionamento, consulte os especialistas da Parker. A eventual presença de sulfeto de hidrogênio (H²S) no processo é crítica para a integridade dos componentes, pois esse gás acelera a fragilização por corrosão sob tensão (SCC – Stress Corrosion Cracking).
A simples combinação de componentes fabricados com materiais diferentes pode causar corrosão e diminuir a vida útil dos tubos e conexões. Por isso, quando a combinação for a única opção disponível, lembre-se de fazer uma avaliação criteriosa das diferentes classes de temperatura e pressão desses materiais e do quanto essas diferenças poderão comprometer a integridade do sistema.
O material e a posição dos suportes do tubo devem ser observados com atenção durante o projeto da instalação para garantir que esses suportes sejam resistentes à corrosão, não causem abrasão no tubo e sejam instalados em uma posição que não interfira na drenagem da água.
Passo 7 – Emissões fugitivas
Quando a aplicação exigir o uso de válvulas categoria FE (Fugitive Emission), o responsável pela instalação deverá se assegurar de que a necessidade de certificação TAMAP 2 esteja claramente descrita desde o início do projeto.
Conforme vimos, a presença de H²S pode causar a fragilização dos componentes da instalação. Logo, uma boa maneira de garantir maior segurança para o sistema é utilizar válvulas monobloco isentas de conexões soldadas – como a linha de válvulas FE, da Parker.
Nas aplicações em que as emissões fugitivas são críticas, é fundamental que se busque eliminar potenciais vazamentos desde o projeto. Nesse cenário, novamente a tecnologia de conexão integral surge como uma opção inteligente, pois permite eliminar duas uniões NPT, que estão sujeitas tanto a fragilização por corrosão sob tensão quanto à fragilização da rosca.
Etapa 8 – Armazenamento
Assim como o correto manuseio da tubulação, também o armazenamento adequado do material antes da instalação é de suma importância. O armazenamento em ambientes externos ou arrastar os tubos pode prejudicar a integridade do produto, fazendo com que a tubulação absorva água, sofra contaminação, corrosão ou arranhões, ou mesmo prejudique sua cilindricidade, tornando-se ovalada. A tubulação deve ser armazenada sempre em lugares fechados, longe do solo, preferencialmente em prateleiras, a fim de evitar esses problemas. Lembre-se que o sistema deve ser purgado com ar seco antes de ser conectado a qualquer equipamento.
Etapa 9 – Instalação
Corte de tubos
O tubo deve ser cortado com uma serra afiada, utilizando lâmina fabricada com material de alta qualidade. O corte deve ser realizado com o auxílio de uma morsa para tubos – é recomendado usar um cortador específico de tubos. Retire toda a rebarba interna e externa com um rebarbador para tubos. Quando o corte estiver completo, limpe bem o tubo com jatos de ar comprimido e certifique-se de que nenhuma limalha tenha permanecido em seu interior. A Parker fornece tubos precortados para facilitar sua instalação.
Curvadores de tubo
Para garantir a qualidade e a precisão nas curvas da instalação, prefira adquirir o curvador de tubo do mesmo fabricante das conexões. Essa ferramenta deve ser de aço inoxidável 316, já que os curvadores de tubo de aço carbono deixam resíduos nos tubos fabricados com ligas mais duras, tornando-se o ponto de partida para inicial de corrosão.
Antes do teste final do sistema, use um calibrador de folga para conferir se a montagem do tubo nas conexões está correta.
Etapa 10 – Treinamento
É recomendável que a equipe de montagem que irá instalar o sistema de instrumentação tenha realizado pelo menos um treinamento básico sobre instalação de tubos e conexões em uma empresa certificada pelo fornecedor destes componentes. Esse cuidado já é seguido como norma em diversos países do norte europeu.
Para completar vale lembrar que, de forma geral, as empresas estão cada dia mais empenhadas em ampliar a segurança e a confiabilidade de suas instalações. Uma boa estratégia para garantir isso é seguir as dicas apresentadas neste artigo.
Fonte: Blog Parker